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LANGRENUS, MESSIER & Messier A.
(créditos: Tolentino.)

Informações sobre a Foto

LANGRENUS, MESSIER & Messier A.

(créditos: Tolentino.)

Cratera LANGRENUS: 

Diâmetro: 132 Km;

Profundidade: 2,7 Km; 

Coordenadas Selenográficas LAT: 08° 54′ 00″ S, LON: 60° 54′ 00″ W;

Período Geológico Lunar: Copernicano (-1,1 bilhões de anos até aos dias atuais); 

Foto no mapa LAC 80.

Melhor época para observação: 3 dias após à fase “Lua nova” ou 2 dias depois da “Lua cheia”.

Quem foi Michel Florent Van Langrenus (1598 – 1675) ? Engenheiro, cartógrafo e astrônomo holandês.

Langrenus é uma cratera de impacto relativamente jovem, com paredes internas largas (largura média de 20 Km) e estruturadas em forma de degraus ou curvas de nível (terraces), porém deformadas. O lado leste de sua parede chega a atingir 3 km de altitude em relação à superfície externa circundante. Seu piso é extenso e plano, um pouco enrugado (com a presença de pedaços de rochas) na parte noroeste e com uma massiva montanha central, que atinge altitude 1000m em seu pico. A montanha central ascendeu quando as rochas da crosta lunar foram comprimidas pelo poderoso impacto do asteróide ou cometa que criou Langrenus e reagiram com uma espécie de ricochete.

As bordas externas que circundam a cratera formam uma espécie de “fortificação” (rampart) ,com paredes escarpadas e inclinadas, criadas pelos escombros do grande impacto, apresentando estar um pouco deformada do lado sul. Sua profundidade é de 2,7 Km. Existem fragmentos de sistemas de raios brilhantes, distribuídos do lado oeste, através da superfície do Mare Fecunditatis. As bordas externas que circundam a cratera formam uma espécie de “fortificação” com paredes escarpadas e inclinadas, criadas pelos escombros do impacto. 

Ao longo da superfície circundante de Langrenus existe a presença de minúsculas crateras secundárias (múltiplos e pequenos pontos na superfície), criadas pelas batidas dos escombros lançados para fora no momento do grande impacto na formação da grande cratera.

Langrenus é uma cratera de impacto localizada perto do limbo leste da Lua, mais precisamente na borda leste do Mare Fecunditatis.  O piso interno dessa cratera tem uma alta taxa de albedo (taxa de medição de quanto um corpo consegue refletir a luz do Sol).

Em 1992, astrônomos da Universidade de Paris relataram a ocorrência de uma espécie de névoa brilhante no piso de Langrenus, e teorizaram que supostamente seria proveniente de escapamento de gases através de fraturas do chão da cratera. Dessa forma, nesse relato, ficou registrado a ocorrência de TLP (Transient Lunar Phenomenon– fenômeno lunar transitório, breve ou passageiro), que são descritos como aparições rápidas de luzes, cores ou mudança de aparência no visual.

Posicionadas a noroeste de Langrenus existem 3 crateras menores, bem próximas, que formam um triângulo. São elas: Bilharz (diâmetro: 43 Km (27 milhas), Lat: 5.8º S  Long: 56.3º E), Atwood (diâmetro: 29 Km (19 milhas), Lat: 5.8º S  Long: 57.7º E) e Naonobu (diâmetro: 34 Km (21 milhas), Lat: 4.6º S  Long: 57.8º E).

 

Cratera MESSIER   - Dimensões: 12 Km X 8 Km.   Profundidade: 1,3 Km. Coordenadas -  Lat: 1.9o S, Long: 47.6o E.  

Cratera Messier A  - Dimensões: 13 Km X 11 Km. Profundidade: 1.5 Km. Coordenadas -  Lat: 2.0o S, Long: 46.8o E

A cratera MESSIER foi "batizada" em homenagem a Charles Messier, astrônomo e caçador de cometas do Séc XVIII, nascido na França (1730 - 1817). Descobriu 16 cometas e editou um catálogo de "objetos de céu profundo" em 1771 (conhecido como Catálogo Messier), originalmente com os 103 objetos mais brilhantes do céu noturno, visto por ele do hemisfério norte.

A dupla de crateras de impacto MESSIER e Messier A formam um alvo muito interessante !

                          

                           Foto: MESSIER e Messier A fotografadas pela Missão Apollo 11 - NASA.

São crateras jovens, que se mantiveram quase nas suas formas originais, ou seja, nas formas da época de quando foram criadas, pois sofreram pouco com a degradadação causada por desmoronamentos de suas paredes internas, novos impactos ou movimentos sísmicos.

São difícies de encontrar na Lua, crateras que mantiveram sua forma original. Isso porque as crateras jovens e grandes, sofreram muito com a queda de escombros e deslizamentos de material das paredes internas, que ocorriam logo após os impactos que as criaram. Esses efeitos colaterais provenientes dos impactos criadores, na maioria das vezes, apagavam completamente as paredes e borda da cratera de impacto original.

Mas, MESSIER e Messier A reteram, quase inalterada, a sua forma original. Em outras palavras, elas são "puras". Por esta razão, as formações dessas crateras merecem um estudo mais detalhado. 

Uma coisa interessante sobre essa dupla é que elas quase nunca repetem a mesma visão ao telescópio, devido ao fenômeno de libração (movimento de “balanceio” da Lua, que proporciona a visão de uma pequena parte de sua face oculta, na região de suas bordas).

As crateras MESSIER e Messie A possuem forma elíptica, com o maior eixo de MESSIER estendendo-se ao longo da direção de seu impacto inicial.

Já Messier A tem seu eixo maior perpendicular ao eixo maior de MESSIER. É um arranjo realmente muito estranho. As duas crateras não são coaxiais !

                                 

À primeira vista, a cratera MESSIER parece ter a forma de uma elipse perfeita. Porém, num estudo com imagens mais próximas feitas pela missão Apollo 11, MESSIER mostra-se mais largo na extremidade leste. 

Existe uma fina e longa faixa de material derretido marcada no piso estreito interior (ao longo do eixo maior) de MESSIER, causada pelo impacto que a criou. Estudos apontam que a faixa não é constituída de lava basáltica, pois MESSIER é muito mais jovem do que a época que ocorreram os fluxos de lava.

                                                               

                                                               FotoCratera MESSIER - Apollo 11 - NASA.

Mesmo em imagens da Missão Apollo não há nenhum sinal de material proveniente de desmoronamento das paredes internas no chão de seu piso. Também, as encostas íngremes de Messier permanecem intactas. É uma formação que surpreendentemente manteve seu caráter primitivo. 

A cratera Messier A, por outro lado, é uma formação muito complexaJá foi muito defendido que Messier A seria uma sobreposição de duas ou até três crateras de diferentes idades. Mas, as imagens da Missão Apollo, mostram outros exemplos de proporções menores, desse estranho tipo de cratera.

Enfim, parece certo que, Messier A é o resultado de um impacto único, porém num ângulo baixo

                                                     

                                                     FotoCratera Messier A - Apollo 11 - NASA.

Existe o consenso entre os cientistas de que as crateras MESSIER e Messier A foram resultantes dos impactos de dois corpos distintosambos com cerca de 500m de diâmetroatingindo a superfície com pelo menos 5 graus de inclinação

As crateras Messier estão entre os alvos interessantes, que possuem formações de características estranhas na superfície da Lua, visíveis através de pequenos telescópios!

 Dados técnicos da foto:

Autor:

Ricardo José Vaz Tolentino.

Data e Hora:            

20‎ de ‎fevereiro‎ de ‎2011, ‏‎03h26m.

Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram usados filtros.

Telescópio:                        

Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;

Diâmetro Espelho Primário:      

305mm (12”);

Distância Focal:                 

1500mm;

Focal/Ratio - (f/):               

5;

Tripé ou Montagem:                     

Dobsoniana;

Barlow:                                

Celestron Ultima 2X Barlow;

Câmera:                               

Orion StarShoot Solar System Color Imager III.

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